quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Acaso

Escravo.
E ele era escravo do tempo, dependente de algo ilusório, não vivia mais feliz.
Apaixounou-se, mas não era livre para viver esse romance.
Cego, deixou de experimentar o sabor de um sentimento especial, o amor puro.
Por tornar uma tragédia sua vida, por tornar rei um relógio.
Deixou de pensar no lado, para refletir somente o centro.
Seu pensamento, fazia-o estar certo.
Mas em seu coração só poderia servir a um senhor.
Escolheu apegar-se a 10 minutos.
Esqueceu tudo o que um dia disse, e todas suas forças estavam naqueles minutos.
(enquanto ela também escravizada, embora não pelo mesmo mal, indignou-se, mas preferiu calar-se.
Um mal que talvez fosse considerado pior que o tempo.
Deixou que fosse transformada e algemada pelo espaço.
Espaço maligno, que fez com que se esquecesse de como era.
Encobrindo seus erros e os defeitos de quem tanto queria.)
Porém, dou mérito ao acaso.
Que um dia aprensentou-os e hoje poderia desapresentar.